CNC aponta os maiores desafios da representação sindical empresarial

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Os desafios políticos e econômicos que afetam o comércio – reformas tributária e administrativa, possibilidade de revisão da reforma trabalhista, incertezas econômicas e insegurança jurídica no âmbito empresarial, entre outros – e o papel desempenhado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na defesa do empresariado e no fortalecimento das entidades de representação foram discutidos nesta quinta-feira (18), no segundo dia do 37º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais (CNSE), em Brasília (DF).

O evento é uma realização do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), com o patrocínio da CNC.

O painel, intitulado “A relação CNC e entidades de base”, foi mediado pelo presidente do Sindilojas São Paulo, Aldo Macri, e pelo especialista técnico da Divisão de Relações Institucionais (DRI) da CNC Felipe Miranda. O debate contou com a participação dos chefes da DRI, Nara de Deus Vieira, da Divisão de Economia e Inovação (Dein), Guilherme Mercês, do advogado da Divisão Jurídica e Sindical (DJS) Roberto Lopes, do consultor econômico da CNC Gilberto Alvarenga e do especialista executivo da DRI Reiner Leite.

Nara de Deus Vieira destacou a influência da CNC nos debates políticos no Congresso Nacional sobre temas de interesse do setor terciário. A reforma tributária prevista na PEC 110/19, por exemplo, teve a sua votação suspensa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por falta de entendimento entre os senadores sobre o relatório final. “A PEC 110/19 sobrecarrega os setores de serviços, por isso, nós atuamos para evitar uma votação açodada e promover um debate mais amplo com os empresários”, afirmou.

A CNC vem atuando com destaque também sobre a flexibilização das leis trabalhistas, que vem dando fôlego aos negócios e assegurando a manutenção dos empregos, sobretudo em tempos de crise sanitária e econômica. Nara afirmou que a CNC tem sido vigilante na defesa da reforma trabalhista. “A nossa interlocução com o parlamento e com o Poder Executivo vem contribuindo para garantir a representação dos interesses da classe empresarial. Nós estamos trabalhando por mais mudanças e lutando contra ameaças de retrocessos”, pontuou ela.

Sicomércio

O advogado Roberto Lopes, da DJS, falou sobre o Sicomércio e seu papel de unir e fortalecer os sindicatos empresariais. Ele destacou a importância de manter as entidades regularizadas junto ao Sicomércio, para que estejam aptas a recolher as contribuições assistenciais. “O Sicomércio é a nossa autodefesa do Sistema Comércio. É um sistema atuante, com o qual nos protegemos contra as quebras de unicidade”, afirmou.

Guilherme Mercês, da Dein, falou sobre as pesquisas realizadas pela CNC, que vêm informando a sociedade e municiando o comércio com informações sobre o comportamento dos consumidores, as reações do mercado e as expectativas dos empresários frente às movimentações econômicas no Brasil e no mundo. Como exemplo, ele citou a recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), que apontou um endividamento das famílias em 78% e uma inadimplência de 30%. “São índices que realmente preocupam o empresário, que espera por medidas eficazes que garantam a geração de emprego e renda, para que o dinheiro volte a circular”, afirmou.

 

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